Era uma vez uma garota que acredita em contos de fadas e em belos romances, que sonha com seu príncipe, com dragões e gnomos.
Que conversa com fantasmas e que tem seus próprios fantasmas.
Mas que tem os pés bem ancorados ao chão.
Era uma vez uma garota, não muito comum, para alguns exótica, para outros misteriosa, ou diferente.
Era uma vez uma garota, que passou por muita coisa, e foi mais além do que pensou que podia.
Era uma vez uma garota que tropeça, cai, levanta. E que desfilou na passarela, quebrou o salto, riu e consertou seus sapatos.
Era uma vez uma garota que quer conhecer o mundo, e que ainda espera e sonha por isso.
Que enfeitiça quadros e devorava livros.
Que gosta de brincar com palavras.
Era uma vez uma eterna sonhadora.

Cores Escondidas

Vivo no mundo real,
sujo de bitucas de cigarro e panfletos amassados,
de prédios altos, feios e cinzas.
Mas que também pode ter castelos encantados e coloridos.
E carruagens com unicórnios cor-de-rosa.

Um mundo com alma preto e branca.
Onde os relógios são digitais.
Mas há quem deseje ter mais, ver borboletas e acreditar em fadas.
E alguns, de fato, conseguem parar e vê-las.
E segurar balões vermelhos em formato de coração.

Voar não impede de ver o chão.
E para quem tem medo de se perder nas alturas,
é só prender o cavalo alado a uma ancora e a cordas elásticas,
e nunca deixe de sentir-se como um pássaro voando.
Quem apenas passeia de avião não curte o vento no rosto.

Sim, o mundo pode ser frio e ter alma preto e branca,
mas os corações podem ser quentes e pintados de colorido,
e os olhos podem captar todas as cores, basta aventurar-se.
Daí pode-se ver a magia das fadas e a flecha encantada do cupido.
E assim, fazer da vida uma aquarela.

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