Era uma vez uma garota que acredita em contos de fadas e em belos romances, que sonha com seu príncipe, com dragões e gnomos.
Que conversa com fantasmas e que tem seus próprios fantasmas.
Mas que tem os pés bem ancorados ao chão.
Era uma vez uma garota, não muito comum, para alguns exótica, para outros misteriosa, ou diferente.
Era uma vez uma garota, que passou por muita coisa, e foi mais além do que pensou que podia.
Era uma vez uma garota que tropeça, cai, levanta. E que desfilou na passarela, quebrou o salto, riu e consertou seus sapatos.
Era uma vez uma garota que quer conhecer o mundo, e que ainda espera e sonha por isso.
Que enfeitiça quadros e devorava livros.
Que gosta de brincar com palavras.
Era uma vez uma eterna sonhadora.

Dialogo com uma apaixonada

“Você acredita no amor e em contos de fada?”
“O quê??? Como assim você nunca acreditou?”
“Nada de príncipes, princesas, gnomos, unicórnios e finais felizes?”
“Claro... Ás vezes eu também duvidei que existisse, mas no fundo, nunca deixei de sonhar.”
“Inocente? Imatura? Iludida? Nunca!”
“Veja meus pés... Estão pisando no chão.”
“Vê essas cicatrizes curadas? Já andei por muitos lugares.
Vi problemas monstruosos.”
“Sim... Mesmo depois de tudo continuo acreditando!”
“Porque!!! Não parece obvio?”
“Porque só pode se tornar real se você acreditar ser possível...
Porque uma coisa não pode existir para você se a considera impossível...
Mesmo que ainda não a tenha visto ou enxergado.”
“Uma prova que tudo isso existe? Vejamos...
Você já viu um dinossauro?”
“Nunca? Estranho... Tem certeza? Parece que você já viu pelo menos um...”
“O quê? É mais fácil ver de novo dinossauros do que uma fada-madrinha?
Eles são monstros seculares já mortos, dos quais só restam os ossos!
São seus problemas mais antigos que podem estar subterrados bem fundo!
Mas que você, pelo que percebi, insiste em escavar e ficar apenas admirando!”
“Provado!”
“Acredita em mim agora?”
“Então trate de realmente ver, enxergar!
Seja otimista e não veja apenas o que agora sabe ser o resto do dinossauro!
Deixa a terra com o vento cobrirem! E vai caminhar mais!”
“O quê? Melhor ficar parada esperando?”
“Bem... Evita apenas pisar em espinhos... Deve ser bem monótono não conhecer outros caminhos... E isso também não impede dragões de aparecerem...
Então, vá caminhar, faça amizade com fadas, corra atrás dos trevos, tente desviar dos tais espinhos... Talvez encontre uns dragões... E quem sabe um belo matador de dragões para te ajudar?”

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